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Em 2012 a DICA volta com o evento Ciência Viva. Confira o site.

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Um caminho promissor

Erradicação da Pobreza

Por um mundo melhor

Revista SNCT

Mais um lançamento do Museu Diversão com Ciência e Arte (Dica), da UFU.

Por um planeta melhor!

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domingo, 21 de outubro de 2012

Feira de ciência em Uberlândia traz fontes alternativas de energia

Caixinhas de leite que vão para o lixo podem ser transformadas em isolante térmico alternativo, reduzindo a temperatura no interior dos imóveis em até 8º C. Esta e outras informações relacionadas às fontes alternativas de energia foram apresentadas na 17ª Ciência Viva. O evento, realizado nesta semana no Center Convention, reuniu alunos de escolas públicas e particulares para a mostra de experimentos relacionados ao tema “Energia na Vida e na Sociedade”.

O aproveitamento das embalagens foi apresentado por um grupo de oito alunas que cursam o segundo ano do ensino médio na Escola Estadual Bueno Brandão. Por meio do projeto “Uso de caixa longa vida como isolante térmico”, as alunas desenvolveram, durante seis meses, a teoria e a prática do estudo. “Além de economizar energia, a ideia contribui para diminuir a quantidade de lixo nos aterros sanitários, visto que a caixa longa vida é de difícil decomposição”, disse a estudante Letícia Gomes.

Além de ser de fácil instalação, o custo da caixa de leite longa vida é menor se comparado ao de outros materiais como o gesso e o PVC, que também são utilizados como revestimento (veja quadro). “Para fazer as placas em casa, basta abrir a caixas e costurar ou grampear umas às outras”, afirmou a aluna Andressa Moreira. Recentemente, foi ao ar pela Rede Globo uma reportagem que mostrou famílias do Rio Grande do Sul que utilizam a técnica para enfrentar os dias frios e também os de muito calor.

Força gerada pelo movimento da água
A geração de energia através da movimentação da água dos oceanos provocada pelas marés – energia maremotriz – foi abordada por um grupo de cinco alunas do 9º ano da Escola Municipal Professor Otávio Batista Coelho Filho. Segundo a professora responsável pelo projeto “Energias Alternativas e Sustentabilidade”, Mariselma Martins, as alunas construíram um protótipo que utiliza uma miniturbina para fazer o efeito das ondas do mar. Ainda de acordo com a professora, em todo o mundo, há três usinas maremotriz: na França, no Japão e na Inglaterra. “Há o projeto de construir uma no Brasil, no Estado do Amapá, mas ainda depende da liberação de recursos financeiros”, afirmou.


Compostagem e recursos renováveis
Uma solução para o lixo orgânico (restos de alimentos e cascas de frutas, legumes e verduras) foi apresentada por cinco alunos do 6º e 9º anos do ensino fundamental da Escola Estadual Professor José Inácio de Sousa. Por meio da compostagem – técnica que consiste na transformação de materiais orgânicos em adubo –, os alunos mostraram a possibilidade de reaproveitar os resíduos produzidos em casa.

Na escola, os alunos colocaram o projeto em prática. “Uma pequena plantação de alface foi adubada com o material resultante da compostagem”, disse a professora responsável pelo projeto, Izaura Cristina Duarte. Quem passou pelo estande conferiu o passo a passo do projeto e pôde aprender a montar uma composteira em casa.

Um grupo de cinco alunos da Escola Municipal do Moreno, que fica na zona rural de Uberlândia, mostrou durante a feira o projeto “Energia solar e captação de água: economia em dose dupla”. A utilização de recursos renováveis é a base da técnica, que consiste em captar a água da chuva por meio de calhas. A água é armazenada em um reservatório de metal para ser aquecida e ter parte dos micro-organismos eliminados, sendo utilizada para molhar hortaliças e também na limpeza da casa. O projeto também mostrou a utilização de placas solares para o aquecimento da água.

Como fazer compostagem
Em um recipiente de plástico colocar camadas de:

Terra Matéria orgânica picada em pedaços pequenos (casca de frutas e vegetais) Folhas secas Esterco de gado Borra de café (serve para afastar insetos e evitar mau cheiro)

Tampar e deixar guardado por três meses De quatro em quatro dias, abrir a tampa e remexer a terra para arejar o produto da compostagem

Fonte: Correio de Uberlândia.

sábado, 20 de outubro de 2012

Ciência descobre o que torna o som de unha em quadro-negro tão irritante

A culpa é das amídalas, área do cérebro responsável por emoções. Quando ouvimos um som desagradável, elas enviam uma mensagem à área que controla a audição, provocando uma reação negativa

Cientistas da Universidade de Newcastle, na Inglaterra, descobriram qual parte do cérebro humano está por trás da aversão a sons agudos, como o de unhas arranhando um quadro-negro. Segundo o estudo, publicado no periódico Journal of Neuroscience, a resposta está nas amídalas – não aquelas da garganta, mas um grupo de neurônios localizado na parte inferior do cérebro.

A pesquisa mapeou os cérebros de 13 voluntários enquanto eles ouviam uma série de sons, a fim de estudar a resposta do órgão a cada tipo de ruído. A partir da ressonância magnética realizada, os cientistas perceberam que, quanto mais desagradável era o som, mais as amídalas ficavam em evidência. Entre os 74 sons testados, o mais agradável foi o de água borbulhando; abaixo, os sons mais irritantes, segundo a pesquisa (clique para ouvir).

Sons mais desagradáveis
1. Faca em garrafa
2. Garfo em vidro
3. Giz em quadro-negro
4. Régua em garrafa
5. Unhas em quadro-negro

As amídalas, no cérebro, são importantes reguladoras do comportamento sexual e da agressividade, além de controlarem o conteúdo emocional das memórias.

As imagens do cérebro mostraram à pesquisa que, quando ouvimos um som desagradável, as amídalas enviam uma resposta ao córtex auditivo – área cerebral responsável pela audição – aumentando aquela atividade e provocando a nossa reação negativa. “É como se a amídala estivesse fazendo um pedido de socorro ao córtex”, diz Sukhbinder Kumar, autor do estudo.

Para Tim Griffiths, que também participou da pesquisa, “este trabalho traz uma nova luz sobre a interação entre amídalas e córtex auditivo”. “Este pode ser um novo caminho para o tratamento de transtornos emocionais, além de outros transtornos, como o zumbido e a enxaqueca, que parecem aumentar a percepção dos aspectos desagradáveis de alguns sons”, afirmou Griffiths.

Fonte: Época.

Reciclagem de lixo eletrônico evitaria que ouro parasse no lixo

A reciclagem evitaria que fossem parar no lixo algo em torno de 228 kg de ouro, 1,7 mil kg de prata e 81 mil kg de cobre na Argentina, apenas em 2011. A estimativa foi divulgada no relatório Mineração e Lixo Eletrônico, produzido pela Organização Não Governamental Greenpeace, e se refere somente aos metais preciosos presentes em um tipo de lixo eletrônico: os celulares.

O documento aponta que cerca de 10 milhões de aparelhos celulares foram descartados no país em 2011. Cada argentino produz, em média, três quilos de lixo eletrônico anualmente, sendo que destes, metade termina em lixões e apenas 10% destina-se ao manejo adequado de resíduos – número mais alto que outros países vizinhos, como o Chile, que recicla de 1,5% a 3%.

Se a geração de lixo eletrônico é problemática na Argentina, em terras brasileiras a situação não é diferente. Em 2010, o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) apontou o país como líder na geração de lixo eletrônico per capita entre os países emergentes: meio quilo por ano, à época.

Mineração Urbana
O ouro é utilizado para fabricação de componentes eletrônicos devido às suas propriedades de condução e estabilidade. No entanto, o material é encontrado em quantidades mínimas dentro de celulares ou computadores, cerca de 0,025% do total. A prática de retirar metais preciosos de aparelhos eletrônicos ainda é incipiente nos países latino-americanos, inclusive no Brasil, mas é bastante difundida em nações desenvolvidas.

A mineração urbana, como é conhecida, tem sido constantemente estimulada, pois evita a contaminação ambiental de dois modos (segundo o relatório):

1) Permite recuperar metais ou materiais que são cada vez mais escassos (como o ouro e a prata) e cuja obtenção, por meio da mineração, gera um alto impacto ambiental e social;

2) Ao mesmo tempo, freia o impacto que estes resíduos geram no ambiente ao degradar-se em lixões ou aterros, contaminando os lençóis freáticos, o solo e o ar.

Cerca de 90% de todos os materiais presentes em equipamentos eletrônicos podem ser reciclados ou reutilizados, sendo que 3% são substâncias altamente tóxicas, como o mercúrio, o cádmio e o amianto – daí a importância de levar esses materiais a postos de coleta em vez de simplesmente jogá-los no lixo.

Além dos metais citados no relatório, a reciclagem do lixo eletrônico permite a obtenção de materiais como a platina, alumínio, aço e o plástico e os oriundos das terras raras – situados na China, que detém 97% das reservas conhecidas, sendo assim mais um importante fator para estimular a reciclagem.

Fonte: Envolverde.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Uberlândia encerra trabalhos amanhã (20)

Evento contará com premiação e mostra dos trabalhos da XVII Ciência Viva

Neste sábado (20) acontecerá o encerramento da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Uberlândia (SNCT-Uberlândia). O evento será realizado no anfiteatro do bloco 8C, campus Umuarama da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), das 8 às 12 horas. Durante a solenidade, terá a premiação e a mostra dos trabalhos da XVII Ciência Viva.

Tendo como tema principal Energia na Vida e na Sociedade, a feira Ciência Viva selecionou 31 trabalhos, sendo 28 destinados à exposição de trabalhos científicos e três que apresentaram uma solução prática e criativa ao desafio proposto: a elaboração de um projeto visando ao uso responsável da energia e à minimização dos impactos ambientais para produzir energia elétrica. Na categoria de trabalhos científicos, serão classificados e premiados com medalhas e certificados os que conquistarem o 1º, 2º e 3º lugares. Para o projeto vencedor na categoria desafio, será premiado o 1º lugar com certificado e medalha. Os primeiros colocados de cada categoria ganharão ainda uma viagem à cidade de São Carlos (SP), para visitação aos museus de ciência naquele município.

Mais informações com o professor Eduardo Kojy Takahashi, pelos telefones (34) 3239-4190 e (34) 3230-9517, ou pelo e-mail ektakahashi@ufu.br.

Vencedores da 17ª feira Ciência Viva.






Vencedores da XVII Ciência Viva 


CATEGORIA A
1º lugar: Energia Sustentável: Luz da Vida - E. M. do Moreno


CATEGORIA B
1º lugar: Possibilidades de Desenvolvimento da Energia Eólica no Brasil - E. M. Professor Mário Godoy
2º lugar: Biogás - uma Fonte de Energia Sustentável - E. E. Segismundo Pereira
3º lugar: Em Movimento: O Corpo como Gerador de Energia Elétrica – E. M. do Moreno


CATEGORIA C
1º lugar: Uso de Caixa Longa Vida como Isolante Térmico - E. E. Bueno Brandão
2º lugar: Energia Piezoelétrica: a Sustentabilidade em Nossos Pés - E. E. Segismundo Pereira
3º lugar: Robótica: Energia Controlada de Forma Inteligente - Instituto Federal do Triângulo Mineiro


DESAFIO
1º lugar: A Construção de Placas Solares com Novos Materiais - E. E. Américo Renê Giannetti

Mostra Científica encerra programação da SNCT no IFTM

Atividade integra a programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) em Uberlândia

Composta por nove trabalhos de estudantes dos campi do IFTM em Uberlândia, a Mostra Científica foi realizada na noite de quinta-feira, 18, no IFTM - Campus Avançado Uberlândia, com exposição e avaliação de pôsteres.

Os estudantes tiveram 10 minutos para apresentar seus trabalhos aos avaliadores. Conforme regulamento, os aspectos avaliados foram: apresentação oral; domínio de conteúdo; criatividade no desenvolvimento do tema; clareza na exposição; coerência com o tema proposto; segurança e clareza das respostas às perguntas; aproveitamento do espaço útil, organização do estande e postura dos integrantes de cada grupo.

A banca de avaliadores foi formada por professores dos dois campi, de acordo com a área de atuação.

Classificação
Os resultados serão divulgados na próxima semana, sendo que os dois trabalhos mais pontuados receberão certificados com a classificação especificada. Entretanto, todos os autores receberão certificado de participação e terão os trabalhos publicados nos anais do evento.

Apresentação musical
Após a Mostra, o momento de descontração foi comandado pelo Trio Avohai. Com covers de Zé Ramalho, Zeca Baleiro e Cordel do Fogo Encantado, os músicos apresentaram ainda canções de Luiz Gonzaga (Gonzagão), homenageado de 2012 pelo seu centenário de nascimento. O grupo é composto pelo estudante de Licenciatura em Computação, Sérgio Bertolucci e os convidados Marcelo Guaratto, Alécio Fernandes e Jorge Alves.

Trabalhos expostos na Mostra Científica

IFTM - Campus Avançado Uberlândia

Licenciatura em Computação
• Integral: proposta de uma ferramenta de avaliação via Web para auxiliar no processo de ensino e aprendizagem. Estudante: Kamilla Germano Silva. Professores: Ricardo Soares Boaventura e Crícia Zilda Felício Paixão.

Tecnologia em Logística
• Avaliação da qualidade do serviço varejista em Uberlândia. Estudante: Larissa de Souza Carvalho. Professora: Iraci Souza João.

IFTM - Campus Uberlândia

Técnico em Agropecuária
• Avaliação do desperdício de água na irrigação de hortaliças produzidas no bairro rural de Sobradinho, município de Uberlândia. Estudante: Amanda Aparecida Brito. Professora: Marília Cândida de Oliveira.

Engenharia Agronômica
• Efeito de fertilizante nitrogenado de eficiência aumentada na quantidade de clorofila a e b de Brachiaria brizantha. Estudantes: Vinícius de Souza Borges Cruvinel, Guilherme de Souza Borges Cruvinel, Jean Michel e Márcio Gonçalves de Andrade Neto. Professor: Luis Augusto da Silva Domingues.
• Qualidade de água utilizada na irrigação de olerícolas folhosas consumidas in natura no bairro rural de Sobradinho, município de Uberlândia. Estudante: Raphael Henrique Radespiel. Professora: Marília Cândida de Oliveira.
• Potencialidade do uso da manipueira. Estudante: Rodrigo Cassiano Rosalino. Professor: Luis Augusto da Silva Domingues.
• Degradação fisiológica e microbiológica em raízes de mandioca. Estudante: Flávia Costa. Professores: Ricardo Dias, Igor Pereira e Márcia Pereira (Unipac).

Tecnologia em Alimentos
• Estudo da composição centesimal dos frutos da jurubeba. Estudantes: Aline Alves Montenegro Freitas, Lara Soares Santos, Patrícia Ribeiro. Professoras: Cláudia Tomás e Carla Regina Queiroz.
• Teor de proteína bruta em cactáceas do gênero Pereskia. Estudantes: Lara Soares Santos, Aline Alves Montenegro Freitas. Professores: Cláudia Tomás, Reginaldo Rodrigues de Andrade e Carla Regina Queiroz.

Outras informações
Assessoria de comunicação do IFTM - Campus Avançado Uberlândia
Jornalista: Rosiane Magalhães
(34) 3221-4821
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Você usaria roupas e acessórios feitos de sobras de comida?

Designer transforma resíduos de comida em fivelas de cinto, botões, bolsas e colares, a fim de alertar sobre o desperdício de alimento

Uma designer britânica de 26 anos levou a reciclagem de lixo a um novo patamar, ao lançar uma coleção inteira de peças de vestuário feitas a partir de resíduos de alimentos. Hoyan Ip reutiliza as sobras de comida para criar acessórios como bolsas, colares, fivelas de cinto, botões e golas de camisas, aos quais chama de 'bio-trimmings', algo como “bio-enfeites”, no português.

Apesar da matéria-prima incomum, o processo de transformação é bem simples: depois de selecionados, os restos de comida são “esmagados” e moldados na forma desejada, seguindo então para secagem. Por fim, eles recebem uma camada de uma substância especial que dá brilho às peças.

Os ingredientes podem variar de restos de um jantar sofisticado, de um almoço tradicional ou, até mesmo, da sobra de um lanche junkfood – ela não faz distinção, seu objetivo principal é apenas alertar sobre o desperdício de alimento no mundo e, de alguma forma, trazer a indústria da moda para a discussão.

"Eu proponho a identificar a relação entre o desperdício de alimentos e os resíduos produzidos a partir da própria indústria da moda", escreveu ela em seu site. "Pode-se argumentar que nada é mais novidade em termos de tendências de moda. As roupas são re-interpretadas a cada temporada. Por isso vale a pena preservar o que no nosso guarda-roupa já tem pronto, e encontrar novos formas de usá-las”, sustenta.

Mas o que o consumidor pensa sobre isso? Essa é outra questão que instiga Hoyan a tocar o projeto. Para a designer, o 'bio-trimmings' muda a psicologia dos consumidores em relação às marcas, ao alterar pequenos detalhes em uma peça de vestuário. “Como um devoto da Burberry reagiria a um icônico trench coat da marca com enfeites de comida desperdiçada?”, questiona.

“Será que a adição de produtos feitos a partir de resíduos de alimentos reduziria o valor da marca ou aumentaria esse valor, tendo em conta a importância crescente dos valores de sustentabilidade e ética hoje em dia?”. Se a moda vai pegar, não dá para saber, mas certamente vai dar o que falar.

Fonte: EXAME.com.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

SNCT segue movimentada com ações para todos os cursos do IFTM

Entre as atividades acadêmicas, intervalo musical é momento de descontração para participantes

A programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) – 2012 mudou a rotina de estudantes e servidores no IFTM - Campus Avançado Uberlândia.

Na noite de quarta-feira, estudantes de Logística receberam o representante do Sebrae, Tony Garcia, para a palestra x. A apresentação contou com a presença dos alunos do curso técnico em Informática do Polo Araguari.

Enquanto isso, estudantes de Licenciatura em Computação participaram do painel e da mesa-redonda sobre Políticas da interdisciplinaridade, com os professores André Souza Lemos, Rogério Ribeiro Cardoso, Luciana Araújo Valle de Rezende e Paulo Irineu Barreto Fernandes. Logo após, tiveram a palestra e a demonstração sobre Robótica educativa, com Suselaine da Fonseca Silva, tutora presencial de Licenciatura em Matemática do IFTM, modalidade EaD, no Polo Uberlândia.

Já os estudantes de Sistemas para Internet continuaram as atividades dos minicursos Introdução ao Google App Engine, com o professor Nélio Muniz, e Introdução à linguagem Java para programadores PHP, com a professora Lilian Ribeiro Mendes Paiva.

Manhã de quinta-feira
Em continuidade à programação, a quinta-feira iniciou com o painel e a mesa-redonda “Políticas da interdisciplinaridade para estudantes de Licenciatura em Computação, com os professores André Souza Lemos, Luciana Araújo e Eliane Borela.

Ainda pela manhã, o estudante de Sistemas para Internet, Adilmar Coelho Dantas, finalizou o minicurso Módulos de pagamento para comércio eletrônico, do qual foi o instrutor.

Apresentações musicais

Durante os intervalos de quarta-feira (manhã e noite), foram realizadas apresentações da banda Dragão de Lã. A banda de rock é composta por quatro músicos, entre eles Flávio Marciano, estudante do técnico em Meio Ambiente, do IFTM Campus Uberlândia.

Na manhã de quinta-feira, o intervalo musical teve a presença do Quarteto Clariartes, da Banda Municipal de Uberlândia, com os músicos Willians Costa da Silva, Fernanda Patrícia Silva de Souza, Flávio Humberto Santos, Patrícia Cristina Freitas e Priscila Costa Dias.

Outras informações
Assessoria de comunicação do IFTM - Campus Avançado Uberlândia
Jornalista: Rosiane Magalhães
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A sustentabilidade e os novos modos de viver

Este programa aborda os desafios de construir a sustentabilidade no dia a dia.

Pensar na sustentabilidade a partir do nosso cotidiano sobre, por exemplo, o que fazemos na cozinha, durante as compras, no trânsito e em todos os hábitos de consumo.

É preciso partir de nós a iniciativa para criarmos um modo de viver sustentável.

Novos Modos de Viver é o filme deste programa. A direção é de Ricardo Carvalho e José Maurício de Oliveira.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Noite nas Estrelas

O Museu Diversão com Ciência e Arte (Dica), do Instituto de Física (Infis), e o Museu de Biodiversidade do Cerrado (MBC), do Instituto de Biologia (Inbio) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), promovem o Noite nas Estrelas. O evento, aberto ao público em geral, acontecerá nesta sexta-feira, dia 20, a partir das 19h, no Parque Municipal Victório Siquierolli, que fica na Avenida Nossa Senhora do Carmo, 707, bairro Jardim América, em Uberlândia.

No Noite nas Estrelas, o público terá a oportunidade de olhar os planetas, galáxias e outros fenômenos estudados pela Astronomia. Além disso, poderá observar a exposição de vitrines de animais taxidermizados e plantas, com ensinamentos sobre a fauna e flora do Cerrado.

Mais informações com a professora Sílvia Martins, pelos telefones 3239-4190 e 3210-9517.

Abertura oficial da SNCT contou com apresentação musical

Momento reuniu estudantes e servidores no IFTM - Campus Avançado Uberlândia
A abertura oficial das atividades da Semana Nacional Ciência e Tecnologia (SNCT), no IFTM - Campus Avançado Uberlândia, foi realizada na noite de terça-feira, 16, com presença de estudantes e servidores da instituição. Na ocasião, a diretora do Campus, professora Elisa Ribeiro, foi representada pelo diretor de Ensino, professor Carlos Magno.

“Esta Semana é realizada desde 2004 no Brasil. Durante esses dias são desenvolvidas diversas atividades pelo país, sempre com um tema específico. Para este ano, o tema escolhido foi 'Economia verde, sustentabilidade e erradicação da pobreza'”, apresentou o professor.

Em seguida, a professora de Artes do IFTM - Campus Uberlândia, Márcia Maria Sousa, apresentou o quarteto de metais do projeto Mostra Artística Multicampi IFTM, coordenado por ela. Os estudantes do curso de Logística, Lungues dos Passos Campos e Renan Fagner Martins, integram o grupo.

Minicursos
Logo após a abertura, foram iniciados os minicursos Introdução ao Google App Engine, com o professor Nélio Muniz e Introdução à linguagem Java para programadores PHP, com a professora Lilian Ribeiro Mendes Paiva. Com cerca de 60 inscritos, os minicursos serão realizados também na noite de quarta-feira. As atividades estão sendo desenvolvidas nos laboratórios 3 e 4, do IFTM - Campus Avançado Uberlândia. No período da tarde, foi iniciado o minicurso Introdução a programação usando scripts Linux, com o professor Alex Dias. Com 23 inscritos, o minicurso também será realizado em dois dias, no Laboratório 2.

SNCT 2012
Durante a Semana serão realizadas diversas atividades em Uberlândia. No IFTM - Campus Avançado Uberlândia, elas serão desenvolvidas até a próxima quinta-feira, dia 18, conforme programação abaixo.

Quarta-feira, dia 17
8h – 9h15: Palestra Automação e logística
8h – 11h15: Minicurso Módulos de pagamento para comércio eletrônico
9h10: Apresentação musical
13h30 – 16h30: Minicurso Introdução a programação usando scripts Linux
19h – 22h45: Minicurso Introdução ao Google App Engine
19h – 22h45: Minicurso Introdução à linguagem Java para programadores PHP
19h – 21h: Painel e mesa-redonda Políticas da interdisciplinaridade
19h30 – 21h30: Palestra Empreendedorismo
21h15 – 22h15: Palestra e demonstração Robótica educativa

Quinta-feira, dia 18
8h – 9h: Painel Políticas da interdisciplinaridade
8h – 11h15: Minicurso Módulos de pagamento para o comércio eletrônico
9h10: Apresentação musical
9h30 – 10h30: Mesa-redonda Políticas da interdisciplinaridade
19h30 – 21h: Mostra científica
19h30 – 21h: Palestra Como orientar a formação de frotas?
21h30: Encerramento e apresentação musical

Outras informações
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Um ensaio para o ‘álcool verde’

A engenheira de alimentos Rosana Goldbeck conseguiu identificar, em sua tese de doutorado, microrganismos silvestres isolados de frutos do Cerrado, entre os quais os Acremonium strictum, que sinalizam um potencial para o desenvolvimento de celulases (enzimas) empregadas na produção de álcool de segunda geração, que é o bioetanol produzido a partir de diversas fontes de biomassa vegetal, preferencialmente para matérias-primas não destinadas ao consumo humano. “Em cinco anos o país será um dos maiores produtores de etanol de segunda geração, o ‘álcool verde’”, calcula a pesquisadora. “Esta seria uma produção mais acessível e viável por empregar subprodutos agroindustriais.”

As enzimas estudadas são capazes de degradar a celulose (um polímero) em glicose, que poderá ser posteriormente convertida em etanol, mostra Rosana, que teve seu trabalho financiado pela Fapesp. Foram achados esses microrganismos novos produtores de enzimas de interesse industrial até então pouco conhecidos.

Segundo ela, os microrganismos mais adotados para a produção de álcool combustível e de bebidas como a cerveja hoje, as Saccharomyces, não conseguem fazer a conversão de celulose diretamente em etanol. Precisam de enzimas que degradem a celulose em glicose para que entre no metabolismo do microrganismo e consiga transformá-lo em álcool.

Estão sendo investigados microrganismos geneticamente modificados para conter os genes dessas enzimas, para depois os mesmos genes serem inseridos nas Saccharomyces. Esse processo, situa a autora, é bastante recente. “É uma inovação trabalhar com microrganismos engenharados (geneticamente modificados) a partir dos genes isolados e sequenciados de Acremonium strictum, cujo objetivo é fazer a sacaraficação e fermentação simultaneamente – degradar a celulose em glicose e depois convertê-la em etanol.”

Se o microrganismo conseguir fazer essas etapas simultaneamente, isso poderá diminuir o gasto de enzimas na hidrólise, deixando o etanol economicamente viável e com um preço mais competitivo.

No caso da engenheira de alimentos, ela trabalhou com a produção de celulases visando especificamente à produção de bioetanol. Defendeu a sua tese na Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) sob a orientação do docente Francisco Maugeri Filho, responsável pela linha de pesquisa de Engenharia de Bioprocessos, e coorientada pelo docente do Instituto de Biologia (IB) Gonçalo Amarante Guimarães Pereira.

As celulases, explica a doutoranda, são uma classe de enzimas ou proteínas que têm o poder de degradar a lignocelulose. A ideia é usar a biomassa de resíduos como o bagaço da cana-de-açúcar, milho, gramíneas e material verde (ricos em celulose) para transformar em glicose.

Banco de cepas
A autora da tese partiu de uma coleção de 390 cepas de leveduras pertencentes ao Laboratório de Engenharia Bioquímica da FEA. Selecionou as melhores cepas produtoras de celulase em função de bancos originários da Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Cerrado e Pantanal.

Na primeira seleção, foram obtidas cinco leveduras e analisou-se a atividade enzimática delas. Notou-se que uma delas se destacou pelo potencial na produção de celulases – a cepa AAJ6.

“Resolvemos identificá-la molecularmente para verificar o seu gênero e a sua espécie. Descobrimos que era o fungo leveduriforme Acremonium strictum e começamos a trabalhar com ele fazendo a produção das enzimas, purificação e estudos enzimáticos”, descreve a engenheira de alimentos.

Após a identificação dos genes das enzimas, ela clonou-os em Escherichia coli (E.coli), um microrganismo-modelo, e fez a transformação em Saccharomyces cerevisiae para depois degradar a celulose e fermentá-la convertendo-a em combustível. A grande revelação, conforme Rosana, foi que ele produziu duas enzimas diferentes e primordiais na degradação da biomassa lignocelulósica – a endoglucanase e a beta-glicosidase.

A doutoranda constatou que a sua tarefa não tinha sido em vão. Além de detectar um microrganismo silvestre pouco estudado na natureza, também identificou os seus genes, iniciativa que representou um grande avanço, pois não se sabia que tal microrganismo podia produzir as enzimas descobertas. Viu que podia.

De acordo com a pesquisadora, lamentavelmente até o momento não se produziu o etanol de segunda geração, para onde estão sendo consumidos os esforços atualmente, e sim as enzimas que visam ao seu desenvolvimento, a partir de resíduos verdes.

De outra via, esse etanol não vem para competir com o etanol de primeira produção, que é o obtido de cana-de-açúcar ou o de milho. Vem, antes, em sua visão, para expandir o bioetanol mundial, pelo fato de usar os rejeitos que sobram nesse processo, realça ela.

Da cana-de-açúcar, por exemplo, vão sobrar bagaço e palha. Muitos desses resíduos são queimados e desperdiçados. “Pretendemos convertê-los em etanol, pois esse resíduo é rico em celulose, o principal carboidrato”, relata.

Perspectivas
Os Estados Unidos mantêm a sua liderança em etanol com produção a partir de milho. O Brasil figura logo atrás. É o segundo maior produtor mundial de etanol, porém aquele obtido de cana-de-açúcar.

A produção brasileira corresponde a 34% da faixa mundial e, a dos EUA, a 50%, com o restante dividido entre outros países. “Exploraremos essa produção a fim de não mais depender dos combustíveis fósseis, petróleo, para empregar só os combustíveis renováveis como o bioetanol”, diz Rosana.

É fato que as enzimas avaliadas mostraram-se valiosas à degradação de biomassa para ser usada num futuro próximo na produção de bioetanol. Mas ela sempre necessita de um pré-tratamento, uma vez que a celulose não está acessível para que os microrganismos as ataque e assim ser convertida em álcool.

As celulases podem ser aplicadas em indústrias como as de detergentes, panificação, bebidas, clareamento de sucos, papel e produção de rações. Mas, dessas, nada se iguala à produção de biocombustíveis.

Rosana avalia que o etanol de primeira geração, que é produzido a partir da sacarose de cana-de-açúcar, é viável, está bem no mercado competitivo e é exportado com boa aceitação. “A nossa intenção é expandir essa produção para chegar ao ‘álcool verde’, gerado por meio de material lignocelulósico”, reporta. Trata-se de resíduos verdes naturais. E é para isso que estão sendo desenvolvidas as novas tecnologias.

Campinas tem inclusive um Centro de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), dentro do Centro Nacional de Pesquisa em Materiais e Energias, situado próximo ao Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS). Nesse laboratório somente são investigadas áreas relacionadas à produção de bioetanol de segunda geração.

O Brasil está avançado nesse aspecto, embora ainda sem um etanol de segunda geração economicamente viável, porque ainda está com preço elevado, encarecido pelo custo das enzimas. Duas empresas multinacionais fazem a sua produção: a Novozyme e a Megazyme, que as vendem já purificadas.

A sua esperança, e a de experts da área, é mesmo colocar em uso o combustível verde. Muitas empresas almejam lançar o etanol de segunda geração em no máximo em um ano. Mas a expectativa de se tornar economicamente viável deve demorar um pouco mais: perto de cinco anos para então entrar em larga escala. Até aqui só há plantas pilotos e ensaios.

Além disso, já se fala de etanol de terceira e de quarta geração, que é a produção de álcool a partir de microrganismos geneticamente modificados. Como já existem essas enzimas, das quais já se conseguiu engenherar as leveduras, elas podem degradar celulose e convertê-la em álcool diretamente.

No estudo de Rosana, a identificação dos genes e a clonagem foram realizadas na Universidade Autônoma de Barcelona, na Espanha, onde a doutoranda permaneceu seis meses fazendo um estágio de doutorado-sanduíche, sob a orientação do professor Paul Ferrer.

Ao voltar ao Brasil, ela realizou outra parte da pesquisa no Laboratório de Genômica e Expressão do IB, supervisionada pelo professor Gonçalo, que incluiu a clonagem dos genes, a sua identificação e a transformação em Saccharomyces.

Publicações Goldbeck, R.; Andrade, C. C. P.; Pereira, G.A.G. ; Maugeri Filho, F. Screening and identification of cellulase producing yeast-like microorganisms from Brazilian biomes. African J. Biotechnol. 11(53): 11595-603, 2012.
Tese: “Determinação das propriedades lignocelulolíticas e estudo genético de microrganismos silvestres isolados de diversas regiões brasileiras visando à produção de bioetanol”
Autora: Rosana Goldbeck
Orientador: Francisco Maugeri Filho
Coorientador: Gonçalo Amarante Guimarães Pereira (IB)
Unidade: Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA)
Financiamento: Fapesp

Fonte: Jornal da Unicamp.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Blog da SNCT Uberlândia registra 344 visitas no início do evento

Nesta segunda-feira, dia 15, lançamento oficial da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Uberlândia, o blog registrou o maior número de acesso em um mesmo dia.

Cerca de 344 pessoas visitaram a página oficial, em diferentes horários.

Foram registrados, também, acessos de outros estados do Brasil. Internautas de Manaus (AM), Belo Horizonte (MG) e Brasília (DF), por exemplo, deixaram sua marca no blog da SNCT.

Primeira atividade da SNCT reúne estudantes de Logística no IFTM

Palestra com diretor de negócios da Wik Agência Digital foi realizada nesta terça-feira

Relato de um empreendedor foi o tema de abertura da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia – SNCT 2012, no IFTM - campus avançado Uberlândia. A palestra com o diretor de negócios da Wik Agência Digital, Bruno Gregório, foi realizada na manhã desta terça-feira, dia 16, para estudantes do curso de Tecnologia em Logística.

Além de apresentar a trajetória pessoal, o diretor apontou algumas características para atingir os objetivos. “Para ser um empreendedor é necessário ter atitude e vencer os desafios. Entre os principais desafios, para quem inicia um projeto, está a falta de recursos financeiros. Nesse momento, você precisa saber se posicionar diante de possíveis investidores”, orientou.

De acordo com Gregório, investir no conhecimento e firmar parcerias também são fundamentais para o sucesso, pois um negócio abrange várias áreas. “O primeiro passo é identificar as possibilidades de mercado por meio de um plano de negócio e pesquisas. “Para fazer essa fase, procure uma consultoria especializada e procure mais pessoas para auxiliar nas áreas que você não domina”, enfatizou.

Segundo Luís André Cruzeiro, estudante do 1º período, a apresentação foi importante para visualizar a forma com que o empreendedor deve se portar diante do mercado. “Além de ser uma ótima oportunidade pessoal, poderei aplicar essas orientações no atendimento aos meus clientes”, destacou o técnico em contabilidade.

Feira Ciência Viva acontece nesta quinta-feira

Como parte integrante da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Uberlândia, a feira Ciência Viva será realizada nesta quinta-feira (18), das 13 às 20 horas, no Center Convention, complexo B. Em sua 17ª edição, o evento traz o tema “Energia na Vida e na Sociedade”. Além da tradicional feira, a exemplo do ano anterior, foi lançado um desafio aos alunos dos ensinos fundamental, médio e técnico. Nele, foi feito um cenário fictício sobre a disputa de um emprego numa companhia elétrica – ela está contratando cientistas para desenvolverem projetos visando ao uso responsável da energia e à minimização dos impactos ambientais para produzir energia elétrica.

Para concorrer às vagas, os estudantes (candidatos) teriam que elaborar um projeto, que deveria resultar em uma maquete (projeto piloto) real, utilizando materiais adequados para sua construção, ou virtual, apresentando a proposta com o apropriado uso de softwares. O projeto, para demonstrar seu funcionamento, deveria apresentar sólidos fundamentos científicos que o justificassem, além de demonstrar a viabilidade técnica e econômica.

Segundo o coordenador da Ciência Viva, professor Eduardo Kojy Takahashi, do Instituto de Física da Universidade Federal de Uberlândia (Infis/UFU), foram selecionados 34 trabalhos, sendo 31 destinados à exposição e três que responderam ao desafio.

A premiação da Ciência Viva e do desafio será no sábado, dia 20, durante a solenidade de encerramento da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Uberlândia, que será realizada no anfiteatro do bloco 8C, campus Umuarama, das 8 às 12 horas.

A Ciência Viva faz parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Uberlândia desde 2009. É uma realização da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), da Prefeitura Municipal de Uberlândia (PMU), da Fundação de Apoio e Desenvolvimento Empresarial (Fade) e da Associação Comercial e Industrial de Uberlândia (Aciub). O evento conta ainda com o apoio de diversas instituições públicas e privadas. Mais informações com o professor Eduardo Kojy Takahashi, pelos telefones (34) 3239-4190 e (34) 3230-9517, ou pelo e-mail ektakahashi@ufu.br.

Novo concreto é elaborado a partir de material reciclável

Concreto idealizado pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) da USP em São Carlos substitui os materiais tradicionais que o compõem por componentes reaproveitados. A areia de fundição (utilizada em moldes nos processos de fundição de peças metálicas) substitui 70% da areia normalmente utilizada, e a escória de aciaria (resíduo que sobra da produção do aço) substitui 100% da pedra. “O produto se utiliza de resíduos sólidos industriais, fazendo uma reciclagem e dando uma nova utilização para eles, o que propicia a economia de recursos naturais”, diz o engenheiro de materiais Javier Mazariegos Pablos. O produto pode ser usado em guias, mobiliário urbano e na execução de contrapisos e calçadas.

Além disso, esses resíduos não poderiam sofrer descarte comum, pois são nocivos ao meio ambiente. Só podem ser dispostos em aterros industriais específicos, a um custo bastante elevado (cerca de R$200,00 a tonelada). “Essa nova finalidade evita o descarte dos materiais e, consequentemente, esse custo que as indústrias teriam.” Inicialmente, o novo concreto foi utilizado para a fabricação de peças para pavimentação.

O novo concreto começou a ser pensado por volta de 2008, quando Pablos se tornou professor do Departamento de Arquitetura, no IAU. Ele levou essa pesquisa para o Grupo de Estudos ArqTeMa – Arquitetura, Tecnologia e Materiais, onde conseguiu a parceria com os professores Osney Pellegrino e Eduvaldo Sichieri.

O material já tem um número provisório de patente. O registro é concedido pelo órgão governamental Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A partir de agora, eles vão verificar em todo o mundo se já existe algum outro produto com essas mesmas características. Se for verificado que não, o concretoo receberá a patente definitiva. “Esperamos que ela saia em mais dois ou três meses”, diz o engenheiro.

Comercialização
A ideia do grupo é levar o concreto para a sociedade, torná-lo um produto comercial, indo além da concepção acadêmica. “Quando você faz uma patente, você tem uma responsabilidade. Não é só gerar o produto, mas viabilizar a aplicação dele no mercado”, diz Pablos, que ressalta a figura da universidade pública nesse processo. “Isso teve um custo para a universidade, além de haver um custo para a manutenção da patente. Para fazer isso valer, o produto tem de ser comercializado”.

Em casos que geram patentes, a USP fica com 50% de seu valor e os autores com os outros 50%. O grupo se articula para colocar o plano em prática, estabelecendo contato com empresas e indústrias que podem vir a se interessar em comprar o concreto na fabricação de elementos para a construção civil, como peças para pavimentação, guias, blocos para alvenaria de vedação, mobiliário urbano, além de poder ser aplicado na execução de contrapisos e calçadas. O preço do novo material é um atrativo, pois deve vir a ser menor do que os materiais similares já no mercado. Nesse processo, o grupo recebe a ajuda da Agência USP de Inovação, núcleo de inovação tecnológica da USP que visa promover a utilização do conhecimento científico e tecnológico produzido na universidade, levando-a para os mais diversos meios da sociedade.

O que diferencia esse concreto dos demais presentes no mercado é seu viés ecológico. Ele se utiliza de materiais reciclados, que teriam de ser descartados de maneira específica, porque podem ser nocivos ao meio ambiente. Com isso, esses produtos substituem as matérias-primas que seriam necessárias para a concepção do concreto, ou seja, há menos exploração de materiais naturais. “A questão da preservação do meio ambiente é muito importante e ela esteve presente na idealização desse novo produto”, finaliza Pablos.

Fonte: Envolverde.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Museu Dica lança projeto de divulgação científica

O Museu Diversão com Ciência e Arte (Dica), do Instituto de Física da Universidade Federal de Uberlândia (Infis/UFU), inaugura o Dica UFU – educando para a ciência. São boletins eletrônicos que têm como objetivo contribuir com a divulgação do conhecimento científico e aproximar os cidadãos de temas relacionados à Física.

O Dica UFU – educando para a ciência é um dos resultados das ações propostas no projeto Semana Nacional de Ciência e Tecnologia: ações básicas para um projeto-piloto de divulgação da Física na Universidade Federal de Uberlândia, aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). “Devido às suas características, a ideia é que os boletins funcionem como audio-releases, servindo não só para o rádio, mas também para todos os veículos de comunicação”, salienta a jornalista Dalira Lúcia Cunha Maradei Carneiro, idealizadora e coordenadora do projeto. Não raro, a Física representa para o estudante, na prática, uma disciplina muito difícil, em que é preciso ‘decorar fórmulas’ cujas origens e finalidades não são compreendidas. “O intuito do projeto é desmistificar essa imagem da Física, mostrando que ela está presente no nosso dia a dia e que podemos percebê-la até mesmo em uma partida de futebol. Além disso, são divulgados temas como Meteorologia, Nanotecnologia e as características dos cursos de graduação e pós-graduação em Física da UFU, como currículos, infraestrutura, mercado de trabalho, projetos de pesquisa e de extensão”, observa.

O projeto teve inicio em outubro do ano passado, durante a III Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Uberlândia. Além dos boletins, a iniciativa teve, como frutos, a palestra Divulgação Científica e Jornalismo Científico, ministrada pela coordenadora do projeto no âmbito da UFU; a mudança editorial da revista Ciência e Tecnologia para a Transformação Social e o lançamento da página personalizada do Museu, possibilitando o envio de releases à mídia, aos órgãos públicos e às escolas públicas e particulares da cidade e região. Outro resultado do projeto foi a pesquisa intitulada Jornalismo Científico: a experiência dos bolsistas Fapemig no projeto-piloto de divulgação da Física na Universidade Federal de Uberlândia, apresentada em formato de trabalho científico (comunicação oral), no I Encontro de Educação em Ciências e Matemática, promovido pelo Programa de Pós-graduação em Educação da UFU, nos dias 4 e 5 de setembro deste ano.

Carneiro salienta que o projeto contempla também a produção de vídeos científicos, os quais dependem da aquisição de equipamentos para serem elaborados. Os trabalhos contam com a participação de bolsistas da Fapemig e da participação voluntária de estudantes de graduação em Jornalismo da UFU. Além da Fapemig, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Rádio Universitária da UFU apoiam a iniciativa.

O Dica UFU – Educando para a ciência será lançado oficialmente durante a cerimônia de abertura da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Uberlândia, nesta segunda-feira, dia 15 de outubro, às 14 horas, no Anfiteatro do bloco 8C, campus Umuarama. Os boletins estão disponíveis no site do Museu Dica (http://dica.ufu.br/?page_id=107). A edição de estreia (arquivo de áudio anexo) conta com a participação do coordenador geral do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), Osvaldo Moraes, que fala sobre como o clima influencia a vida das pessoas e como a meteorologia tenta amenizar os fenômenos causados por ele.

Palestras e minicursos marcam Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no IFTM

Atividades no campus avançado serão desenvolvidas de 16 a 18 de outubro

Entre os dias 16 e 18 de outubro, estudantes do IFTM - campus avançado Uberlândia terão uma programação diferenciada devido às atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia – SNCT.

Nesses dias serão oferecidas palestras, minicursos, painéis e mesas-redondas para os cursos tecnólogos em Logística e em Sistemas para Internet; a licenciatura em Computação; e o técnico em Redes de Computadores.

Na quinta-feira, das 19h30 às 21h, será realizada a Mostra Científica. A atividade reunirá trabalhos de estudantes dos cursos superiores do campus avançado Uberlândia e do campus Uberlândia (Fazenda Sobradinho).

Além das atividades acadêmicas, estão programadas apresentações culturais com participação de estudantes e músicos convidados.

Abertura

A abertura oficial da Semana, no campus avançado Uberlândia, será realizada na terça-feira, 16, às 19h, na Rua Blanche Galassi, 150, bairro Altamira.

Programação IFTM Campus Avançado Uberlândia

Terça-feira, dia 16

9h – 10h30: Palestra Relato de um empreendedor
13h30 – 16h30: Minicurso Introdução à programação usando scripts Linux
19h: Abertura
19h30: Apresentação musical
20h – 21h: Palestra Logística da Braspress
20h – 22h45: Minicurso Introdução ao Google App Engine
20h – 22h45: Minicurso Introdução à linguagem Java para programadores PHP

Quarta-feira, dia 17

8h – 9h15: Palestra Automação e logística
8h – 11h15: Minicurso Módulos de pagamento para comércio eletrônico
9h10: Apresentação musical
13h30 – 16h30: Minicurso Introdução a programação usando scripts Linux
19h – 22h45: Minicurso Introdução ao Google App Engine
19h – 22h45: Minicurso Introdução à linguagem Java para programadores PHP
19h – 21h: Painel e mesa-redonda Políticas da interdisciplinaridade
19h30 – 21h30: Palestra Empreendedorismo
21h15 – 22h15: Palestra e demonstração Robótica educativa

Quinta-feira, dia 18

8h – 9h: Painel Políticas da interdisciplinaridade
8h – 11h15: Minicurso Módulos de pagamento para comércio eletrônico
9h10: Apresentação musical
9h30 – 10h30: Mesa-redonda Políticas da interdisciplinaridade
19h30 – 21h: Mostra científica
19h30 – 21h: Palestra Como orientar a formação de frotas?
21h30: Encerramento e apresentação musical


Outras informações
Assessoria de comunicação IFTM - campus avançado Uberlândia
Jornalista Rosiane Magalhães
(34) 3221-4821
jornalismo.udi@iftm.edu.br
www.iftm.edu.br/avuberlandia
Twitter: @IFTMAvancadoUdi
Facebook: avancado.uberlandia

Cardápio da SNCT - Uberlândia

Nosso mais novo cardápio já está no ar!

Procure pela programação desejada de forma animada e bastante organizada.

Separamos as atividades por cor, de acordo com o tipo de cada uma delas.

Clique aqui e confira!


Semana de Ciência e Tecnologia começa nesta segunda em Uberlândia

Sala de espelhos que demonstram a ilusão de ótica, bicicleta geradora de energia e uma espécie de minimontanha russa que demonstra que quanto maior a altura de onde o objeto é atirado, maior a velocidade adquirida por ele são trabalhos que estarão em exposição durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) em Uberlândia, que será realizada de hoje até sábado. Serão realizadas várias atividades simultaneamente na cidade, como feiras de ciências nas escolas e eventos organizados pelos cursos de Física, Química e Biologia da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e pelo Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM). As atividades da SNCT são gratuitas e abertas à população.

Na abertura do evento em Uberlândia, será apresentado o projeto BioJari desenvolvido pela professora Elizabete Rodrigues e dois alunos de uma escola pública de Laranjal do Jari, interior do Amapá. O trabalho é uma engenhoca feita para tentar diminuir enchentes e incêndios naquela cidade e foi contemplado com o prêmio nacional de inovação.

Estudantes da educação básica de Uberlândia apresentarão, durante o evento Ciência Viva, no dia 18, trabalhos científicos desenvolvidos por eles. Estudantes da UFU prepararam projetos e jogos para interagir com o público durante o Brincando e Aprendendo, como a sala de espelhos e ilusão de ótica. Outra novidade deste ano é a Noite nas Estrelas – no dia 19 -, em que serão disponibilizados telescópios para a observação do céu no Parque Siquierolli com a monitoria e explicação de alunos da UFU. Além disso, a SNCT terá palestras que abordam os temas deste ano.

De acordo com a professora da UFU e coordenadora da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Uberlândia, Silvia Martins, o objetivo da SNTC é a interação com a comunidade. “As atividades são interativas, coisas que o público pode pôr a mão e participar e não somente mostras de se olhar”, afirmou.

Estima-se que cerca de 10 mil pessoas, entre expositores, palestrantes e visitantes, envolvam-se na Semana de Ciência e Tecnologia na cidade.

IFTM participa com várias atividades
O Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM) também preparou atividades para a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Uberlândia entre os dias 16 e 18 de outubro. Serão oferecidas palestras, minicursos, painéis e mesas-redondas, apresentações culturais com participação de estudantes e músicos convidados, além de uma mostra científica.

A mostra acontecerá no dia 18 de outubro às 19h30 e reunirá trabalhos de estudantes dos cursos superiores do campus avançado de Uberlândia e do campus Uberlândia (Fazenda Sobradinho).

Museu leva a ciência para o cotidiano
O Museu Diversão com Ciência e Arte (Dica) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) participará da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) com mostras de projetos de alunos do curso de Física e jogos. Segundo a professora, coordenadora do Dica e da SNCT, Silvia Martins, a intenção é mostrar que a ciência está no cotidiano das pessoas.

“Um dos trabalhos que serão apresentados é uma espécie de minimontanha russa com bolas que correm pela estrutura, em que as pessoas poderão manusear e constatar que, quanto mais alto se atira a bolinha, maior velocidade ela alcança, consegue passar pelas ondas e chega até o final”, disse Martins. Todo o acervo do Dica estará exposto durante o evento Brincando e Aprendendo nos dias 16 e 17 de outubro no Egypt Hall.

Fonte: Correio de Uberlândia.

Tecnologia brasileira contra malária vira referência mundial

Um medicamento contra malária desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fundação Oswaldo Cruz (Farmaguinhos/Fiocruz), o ASMQ, recebeu a pré-qualificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que garante o alto padrão de qualidade do produto.

A certificação foi anunciada na Índia, onde o medicamento é fabricado graças à transferência de tecnologia da cooperação Sul-Sul (agenda própria de discussões entre Brasil, Índia e África do Sul criado em 2003 e que incluem temas como ciência e tecnologia, educação, agricultura, sociedade e informação, defesa, assentamentos humanos, meio ambiente e clima, transportes, geração de energia, desenvolvimento social e experiências em administração pública). Com isso, a dose fixa de artesunato (AS) e mefloquina (MQ), desenvolvida pelo Farmaguinhos em parceria com a organização Medicamentos para Doenças Negligenciadas, terá maior facilidade para ser distribuída no Sudeste Asiático.

O coordenador de pesquisa clínica de Farmanguinhos, André Daher, explica que o tratamento com as duas drogas já era usado, mas a nova formulação, registrada no Brasil e distribuída pelo Programa Nacional de Prevenção e Controle da Malária desde 2008, oferece tratamento mais fácil e eficiente.

"Quando você tem duas drogas associadas numa única formulação previne a monoterapia, ou seja, o paciente não toma uma droga só. Com isso você garante a cura radical da doença, previne o aparecimento de cepas resistentes e tem toda uma questão logística de distribuição desse medicamento dentro do sistema de saúde pública facilitado, uma vez que você tem uma única apresentação sendo distribuída. Também melhora muito a adesão ao tratamento, quer dizer, o paciente toma o tratamento completo e você tem uma chance maior de cura", disse.

De acordo com o pesquisador, esse é o tratamento para malária com uso do menor número de comprimidos atualmente e pode ser aplicado a partir dos 6 meses de idade. "Você tem quatro tipos de tratamento, divididos por faixas etárias, mas são todos com uma tomada diária durante três dias e não precisa ser ingerido com nenhum tipo de alimento especial. O fato de ser uma única dose diária melhora muito a adesão do paciente e ele apresenta maior tolerabilidade, com menos efeitos colaterais".

Daher explica que a pré-qualificação da OMS é um tipo de registro internacional que permite a distribuição para vários países por meio de um mecanismo de compra centralizado da Organização. De acordo com ele, a fábrica Cipla, na Índia, conseguiu o certificado para distribuir o ASMQ no Sudeste Asiático. Agora o Brasil inicia o processo de pré-qualificação para a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o que permitirá distribuir o medicamento para a América Latina.

O pesquisador destaca a importância da cooperação que permitiu a transferência da tecnologia para a Índia. "A gente acha [a pré-qualificação] muito importante, porque ela coroa uma transferência de tecnologia entre dois países do sul e uma cooperação tecnológica Sul-Sul. [Brasil e Índia] eram atores, há até pouco tempo, pouco atuantes no mercado tecnológico e, agora, o Brasil começa a se posicionar como ator mais importante para a cooperação Sul-Sul no âmbito tecnológico, inclusive em tecnologias em saúde".

Segundo a OMS, a malária é a quinta doença que mais mata no mundo. Ela é provocada pelo parasita do gênero Plasmodiun, transmitido pela picada da fêmea infectada do mosquito do gênero Anophele, conhecido como muriçoca, mosquito-prego ou carapanã. No Brasil, 99,5% dos casos são registrados na região da Amazônia Legal. No mundo, África Subsaariana e Ásia são os locais com maior incidência. A doença, também chamada de impaludismo, causa sintomas como dor de cabeça, no corpo, dor abdominal, tontura náusea, fraqueza, febre alta e calafrios.

Fonte: Jornal da Ciência.

domingo, 14 de outubro de 2012

Agenda do evento Brincando e Aprendendo está disponível no blog

Nosso mascote, Zezinho, organizou sua agenda do evento Brincando e Aprendendo.

Clique aqui e confira!

Sustentabilidade agrícola é o caminho para o futuro

Aumentar a produtividade sem tomar mais terras já é uma realidade no Brasil. Conseguimos produzir, atualmente, 160 milhões de toneladas de grãos em cerca de 200 milhões de hectares, uma área ocupada pela agricultura e pecuária. Mas pesquisadores da Embrapa garantem que esse número pode ser dobrado, sem que para isso precisemos prejudicar o meio ambiente.

"Os sistemas de produção integrados, como a Integração Lavoura-Pecuária (iLP) e a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), se adotados em todas as regiões produtivas, permitem recuperar as áreas de pastagem que já estão com algum nível de degradação, elevando a produtividade tanto de grãos e fibras quanto de produção de carne", afirma Euclides Maranho, analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agropecuária Oeste.

Na mesma área em que hoje se produz cerca de 160 milhões de toneladas, podem-se obter seguramente 300 milhões de toneladas. Para tanto, pontua o pesquisador, é necessária a criação de uma política agrícola de longo prazo, com planejamento, considerando cenários, oportunidades, ameaças e, principalmente, definindo estratégias que deverão ser adotadas de forma articulada, visando ao alcance do objetivo traçado.

Modernização do setor
O agricultor está atento às modernas inovações e, dentro de suas possibilidades, moderniza suas máquinas, adota novas tecnologias, mesmo sendo penoso e pairando dúvidas quanto ao retorno de seus investimentos.

Lado a lado com essa modernização, o analista de pesquisa na área de Economia Rural da Embrapa Agropecuária Oeste, Alceu Richetti, lembra que a pesquisa tem ajudado os produtores a produzir mais em menor área. "Para isso, basta observar a produtividade da soja no Brasil, que em 1990 era de 1.732 kg/ha, e hoje é de 2.660 kg/ha, um acréscimo de 53,6%. Isso graças à introdução de cultivares de soja adaptadas às condições locais e mais produtivas, a adequadas técnicas de cultivo e de manejo de pragas e à modernização dos métodos de gestão da propriedade rural", enumera.

Ainda como técnicas para produzir mais com menos recursos, Euclides Maranho destaca os sistemas de produção integrados, a realização da inoculação e o tratamento de sementes, além da adoção do Manejo Integrado de Pragas (MIP).

Análise de perto
A sustentabilidade não pode ser analisada só pela agricultura. "Precisamos entender que o produtor só produz mais porque do outro lado existe uma demanda cada vez mais audaciosa. A agricultura carrega um fardo muito pesado, o de que é a que polui, a que destrói, e assim por diante. Pelo que me consta, a grande maioria dos rios são poluídos no setor urbano; as grandes cidades não preservam a mata ciliar dos rios, ou será que São Paulo ou Porto Alegre, por exemplo, preservam a mata ciliar dos rios Tietê ou Guaíba? O leite, por exemplo, sai da unidade de produção rural e chega até a cidade em grandes tanques, que são reutilizáveis. Posteriormente, o produto sofre o processo de agroindustrialização, sendo embalado em caixas ou outras embalagens que, na sua grande maioria, após o consumo do produto, vão para os lixões ou o fundo do leito de córregos e rios, e algumas demoram mais de cem anos para serem deterioradas pelo meio ambiente", desabafa Maranho.

Obviamente, completa, se a sustentabilidade puder ser construída a partir de um pensamento comum, de que todos participem, a agricultura será uma das grandes beneficiadas, já que em seus processos de produção podem ser inseridas tecnologias ambientalmente corretas - as matas ciliares e APPs previstas no novo Código Florestal, após aprovado, com certeza serão repostas e preservadas.

Bom para o produtor e para o meio ambiente
Importante lembrar que os agricultores que praticam a agricultura com baixa emissão de gás carbônico e, principalmente, que desenvolvem atividades que promovem o sequestro de carbono, podem ter uma renda alternativa na venda dos créditos de carbono. "Assim, se todos os processos de produção, agregação de valores, distribuição e consumo dos alimentos forem em busca da sustentabilidade, com certeza não só a agricultura, mas todos os seres que habitam este planeta serão os grandes beneficiados", avalia Euclides Maranho.

Para ele, por uma questão óbvia, a região Norte do Brasil, onde está a Amazônia, é aquela que mais está sendo questionada quanto à sustentabilidade. Nessa região, já houve ações de sequestro de animais criados em áreas de APPs ou reservas legais.

O Código Florestal prevê que 80% da área seja preservada com a vegetação nativa, além de considerar que grandes áreas são preservadas com parques nacionais ou reservas indígenas. No entanto, pela maior densidade demográfica e pela alta atividade das regiões Sul e Sudeste, existem bons exemplos de ações desenvolvidas com o intuito de promover a agricultura sustentável, a exemplo do crescente aproveitamento de resíduos agroindustriais para a cogeração de energia; do aumento considerável do sistema de plantio direto, ou do plantio com o mínimo de revolvimento do solo; da redução de utilização de nitrogênio na agricultura devido à prática da inoculação de organismos que promovem a fixação de nitrogênio atmosférico, entre outras.

A região Centro-Oeste, que é responsável pela produção de um grande volume de produtos da agricultura, por ser um bioma vulnerável devido a grandes estiagens, à fragilidade de sua vegetação nativa e dos solos, na sua grande maioria com menores teores de argila, o que facilita a rápida exaustão de sua capacidade produtiva, precisa de algumas ações no sentido de definir até quando os recursos naturais podem oferecer condições para a obtenção de resultados tão significativos quanto os que estão ocorrendo atualmente.

O pesquisador Euclides Maranho não tem dúvidas de que ainda existem muitas áreas a serem inseridas no processo, o que deverá proporcionar um crescimento enorme do volume de produção.

Fonte: Revista Campo & Negócios.

sábado, 13 de outubro de 2012

Programação da SNCT já se encontra disponível no blog

Nossa programação já está disponível no blog, sendo atualizada constantemente pelo Zezinho.

É possível, também, visualizar, em tempo real, as atividades que serão realizadas.

Clique aqui e confira!

Tecnologia deve acabar com as filas, afirma especialista


Se a tecnologia tornou os períodos de espera mais suportáveis – com joguinhos, internet e informação para animar o tempo perdido –, ela deve, muito em breve, extinguir as filas completamente. É o que afirma o Grupo Talkability, especializado em estudo de tendências e perspectivas para o mercado.

Mas calma, o varejo convencional não deve morrer, muito pelo contrário. De acordo com Fernando Figueiredo, presidente da consultoria, a tecnologia deve agilizar cada vez mais as compras e operações. Check-ins online e internet banking são apenas a ponta do iceberg de um mundo cada vez mais convergente.

Nas lojas, por exemplo, smartphones e tablets podem se transformar em meios de pagamento, com cada vendedor portando maneiras de permitir que o cliente acerte a compra digitalmente, sem a necessidade de filas no caixa. Além disso, perfis de redes sociais e hábitos online podem garantir segmentação, indicando setores especializados para atendimento direto.

Para Figueiredo, a única barreira para adoção de sistemas desse tipo é o próprio consumidor, que pode exibir resistência às novidades tecnológicas. Tudo, porém, é apenas uma questão de tempo.

Fonte: Tecmundo.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Brasil se mobiliza para a nona edição da SNCT

Coordenada pelo MCTI, Semana Nacional de Ciência e Tecnologia é realizada de segunda-feira (15) ao dia 21 com o tema "Economia Verde, sustentabilidade e erradicação da pobreza".

Popularizar a ciência e mostrar sua importância para o desenvolvimento do país, além de incentivar a população a valorizar a criatividade, a atitude científica e a inovação. Esses são os principais objetivos da 9ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) realiza de 15 a 21 de outubro. Neste ano, serão desenvolvidas atividades em todas as regiões do país, com a mobilização de diversos parceiros, como universidades, instituições de pesquisa, escolas, empresas públicas e privadas, governo e entidades da sociedade civil.

Como acontece a cada ano, as ações são promovidas em torno de uma temática de importância social. O tema "Economia Verde, sustentabilidade e erradicação da pobreza" foi escolhido para 2012, em sintonia com as discussões da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), promovida pela ONU em junho deste ano, no Brasil. A Assembleia-Geral das Nações Unidas também declarou o ano de 2012 como o Ano Internacional da Energia Sustentável para Todos, visando realizar atividades em todos os continentes com o objetivo de aumentar a consciência coletiva sobre a importância da sustentabilidade, por meio de ações em âmbito local, regional e internacional.

O tema principal é escolhido pelo MCTI com base em sugestões e consultas a instituições e entidades parceiras na organização. Durante o ano e, principalmente, no período da SNCT, são desenvolvidas atividades de difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos relacionados ao tema, com debates sobre as estratégias e as mudanças necessárias para (no caso desta nona edição) a consolidação de uma economia que, em conexão com um modelo de desenvolvimento sustentável, contribua para a erradicação de pobreza e a diminuição das desigualdades sociais no País.

Segundo o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, o objetivo é discutir em escolas, universidades, comunidades e locais públicos os diversos aspectos envolvidos no estabelecimento de uma economia verde, bem como os desafios da sustentabilidade nas suas dimensões ambiental, econômica e social.

"As pesquisas científicas e tecnológicas, os intercâmbios científicos e o uso generalizado e aberto dos dados e resultados científicos são fatores essenciais para enfrentar estes desafios, tendo em vista os limites naturais do planeta e a necessidade de estruturas socioeconômicas renovadas. Por outro lado, uma educação de qualidade é um elemento indispensável para possibilitar uma formação cidadã adequada para o desenvolvimento sustentável", afirma Raupp.

A SNCT - Decreto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 9 de junho de 2004, estabeleceu a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, a ser comemorada, anualmente, no mês de outubro. O evento é realizado sob a coordenação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e com a colaboração de entidades e instituições de ensino e pesquisa. Ela tem acontecido, desde então, com participação entusiasmada e crescente de estudantes, professores, instituições e municípios. Em 2011, foram realizadas cerca de 16.000 atividades, em 654 municípios.

Histórico
2004 - Na primeira SNCT, ocorrida entre 18 e 24 de outubro, foram realizadas 1.840 atividades, em 252 municípios, envolvendo 250 instituições e entidades de ciência e tecnologia (C&T). Foram organizadas as coordenações estaduais, com a participação de secretarias, fundações de amparo à pesquisa (FAPs) e instituições de ensino e pesquisa, o que possibilitou a rápida expansão do evento. No Congresso Nacional foi instalada a Subcomissão Permanente de C&T no Senado e criada a Frente Plurissetorial em Defesa da CT&I.

2005 - Foram 6.701 atividades, em 332 cidades, entre os dias 3 e 9 de outubro. O tema da SNCT foi "Brasil, olhe para a água!". Houve um grande aumento do número de atividades, de municípios e de instituições envolvidas, em relação ao ano anterior. Atividades interativas em locais públicos, exposições, debates e outros eventos destacaram a importância da preservação dos mananciais hídricos e a interface da ciência com o desenvolvimento sustentável do país.

2006 - A terceira edição ocorreu de 16 a 23 de outubro. Foram registradas 8.654 atividades espalhadas em 370 municípios brasileiros. O tema da semana foi "Criatividade e inovação" para comemorar o centenário do voo do 14 Bis, cuja réplica decolou na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, durante o evento. Milhares de atividades educacionais e de divulgação homenagearam também, ao longo do ano, o inventor Alberto Santos-Dumont.

2007 - "Terra" foi o tema escolhido, em função da importância das questões globais do planeta (preservação da vida, sobrevivência da espécie humana, estrutura e riquezas da Terra, mudanças climáticas, poluição atmosférica, etc). A escolha levou em conta estabelecimento, pela ONU, do Ano Internacional da Terra. O balanço do evento, ocorrido entre 1º e 7 de outubro, registrou cerca de 9.700 atividades, em 390 municípios, com 680 instituições e entidades envolvidas.

2008 - Nessa edição, realizada entre 20 e 26 de outubro, foram registradas 10.859 atividades em 445 municípios. O tema da semana nacional foi "Evolução e diversidade", em função dos 150 anos da teoria da evolução pela seleção natural.

2009 - Foram cadastradas 14.978 atividades desenvolvidas em 492 cidades. O tema foi "Ciência no Brasil", com o propósito de se conhecer e valorizar a C&T produzida no país. Atividades em escolas, espaços públicos e em instituições de ensino e pesquisa buscaram informar e debater a situação local e nacional do setor, considerando também sua história e seus desafios futuros. O Ano Internacional da Astronomia (AIA) foi comemorado nesta edição com milhares de atividades, realizadas na SNCT e ao longo do ano, envolvendo 2,5 milhões de pessoas. 

2010 - A SNCT ocorreu entre 18 e 24 de outubro. O tema principal foi: "Ciência para o desenvolvimento sustentável". Estimulou-se em todo o país o debate sobre as estratégias e maneiras de se utilizar os recursos naturais brasileiros e sua rica biodiversidade de forma sustentável e conjugada com a melhoria das condições socioeconômicas da população. O evento se integrou ao Ano Internacional da Biodiversidade. Foram realizadas 13.345 atividades em 397 municípios brasileiros. Em maio de 2010, foi realizada a 4ª Conferência Nacional de CT&I, que delineou uma "Política de Estado para Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável".

2011 - Foram ao todo 16.110 atividades em 654 municípios. O tema "Mudanças climáticas, desastres naturais e prevenção de riscos" foi escolhido em função da sua relevância global, sua atualidade e sua importância para a população brasileira. Discutiram-se as estratégias e maneiras de enfrentar o grande desafio planetário das mudanças no clima e prevenir riscos decorrentes de desastres naturais e de situações criadas pela ação humana. Foram promovidas muitas atividades dentro do Ano Internacional da Química. Estudantes e professores em 601 municípios participaram do Experimento Global pH do Planeta.

Fonte: Jornal da Ciência.

Estádios da Copa de 2014 terão energia renovável


Pesquisas de opinião pública encomendadas pela Fifa, a entidade máxima do futebol, revelam que 90% dos brasileiros consideram essencial que a Copa do Mundo de 2014 seja ecologicamente correta. E ela será. Aliás, a primeira da história. Se na Copa da África do Sul, em 2010, não houve tempo para construir estádios ecologicamente responsáveis - o conceito de sustentabilidade não era tão difundido como é hoje -, na Copa do Mundo do Brasil todos os 12 estádios-sede usarão fontes renováveis de energia elétrica.

O pesquisador Ricardo Ruther, da Universidade Federal de Santa Catarina, autor (em parceria com o Instituto Ideal), do projeto Estádios Solares, diz que o processo de transformação da luz do sol em energia elétrica é relativamente simples. "A tecnologia solar produz eletricidade diretamente dos elétrons liberados pela interação da luz do sol com certos semicondutores no painel fotovoltaico", afirmar Ruther. Para elaborar o projeto, o pesquisador visitou o Mage Solar Stadium (que pertence ao SC Freiburg, clube alemão da cidade de Freiburg im Breisgau), o primeiro estádio no mundo com usina solar de produção de energia, implantada em 1995.

O Mage Solar serviu de base para o projeto do primeiro estádio da América Latina equipado com energia solar, o Pituaçu, em Salvador. Com a supervisão da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), o estádio de Pituaçu, que pertence ao Governo da Bahia, tem capacidade de gerar 630MWh anuais, 75% a mais que o total gasto pelo estádio em um ano - a diferença vai para a rede da Coelba.

Caminho parecido deve seguir a Arena Pernambuco, no Recife, que ficará pronta em 2013 e contará com uma usina solar capaz de gerar a produção de 1.450 MWh/ano, equivalente o consumo de energia de 1.200 residências. A energia produzia pela usina, instalada em uma área contígua à Arena Pernambuco, será destinada ao estádio através de painéis fotovoltaicos que vão captar a luz emitida pelo sol.

Os dois principais estádios da Copa de 2014 - o Itaquerão, onde será realizada a abertura, e o Maracanã, a final - também serão sustentáveis. O Corinthians, proprietário do Itaquerão, firmou parceira com o Grupo AES Eletropaulo, a AES Tietê e a Odebrecht Energia para a instalação de placas fotovoltaicas no estádio. Já os administradores do Maracanã, de propriedade do Governo do Estado do Rio, firmaram um acordo com a Yingli Solar, a Light ESCO e a EDF Consultoria em Projetos de Geração de Energia Elétrica para fazer do estádio, palco da final da Copa do Mundo de 1950, referência em energia renovável.

Fonte: Terra.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Instituto de Física da UFU realiza a V Semana da Física

Como parte das atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia em Uberlândia, o Instituto de Física da Universidade Federal de Uberlândia (Infis/UFU) promove, entre os dias 15 e 17 deste mês, a V Semana da Física. O objetivo é divulgar a Física para a comunidade de Uberlândia e região, popularizando os conhecimentos científicos produzidos nos centros de pesquisa e, por meio de ações junto às escolas, buscar a melhoria do ensino de Física.

O evento terá início às 8 horas do dia 15, no anfiteatro do bloco 3Q, campus Santa Mônica. A programação da V Semana da Física será composta por palestras, minicursos e apresentações de trabalhos produzidos por estudantes de iniciação científica e de pós-graduação da UFU. Estarão presentes pesquisadores de diversas instituições do Brasil: Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do ABC (UFABC), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Serão discutidos temas como “Física da Matéria Condensada”, “Física de Partículas”, “Física Médica”, “Biofísica” e “Ensino de Física”.

Mais informações no site da Semana (http://www.semana.infis.ufu.br/inicio) ou com o professor Marco Aurélio Boselli, pelo telefone (34) 3229-4190 ou pelo e-mail maboselli@infis.ufu.br.

Brincando e Aprendendo

Nos próximos dias 16 e 17, das 8 às 18 horas, no espaço Egypt Hall, que fica na Rua Bernardo Sayão 203, bairro Custódio Pereira, em Uberlândia, será realizado o Brincando e Aprendendo. O objetivo principal do evento é integrar diversos projetos de produção e divulgação da ciência em geral e questões relacionadas ao tema central da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT): “Economia Verde, Sustentabilidade e Erradicação da Pobreza”.

Durante os dois dias, diversas ações serão promovidas, como mostras ambientais, brinquedos científicos, jogos e atividades interativas com experimentos nas áreas de Química, Física e Biologia. O evento, aberto ao público, contará com a presença de estudantes do ensino básico de escolas públicas e particulares da cidade e região. O Brincando e Aprendendo é uma promoção do Museu Diversão com Ciência e Arte (Dica), do Instituto de Física (Infis), do Instituto de Química (IQUFU) e da Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e Design (Faurb), da Universidade Federal de Uberlândia (UFU); do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM); e da Prefeitura Municipal de Uberlândia (PMU).

Mais informações com a professora Sílvia Martins, pelos telefones (34) 3239-4190 e (34) 3230-9518 ou neste site.

Pesquisador desenvolve tecnologia para melhorar o desempenho de microprocessadores

A indústria de computação se depara atualmente com o desafio de melhorar a performance dos transistores de silício utilizados nos microprocessadores de computadores comercializados em todo o mundo.

Uma tecnologia desenvolvida por um pesquisador brasileiro, juntamente com cientistas da Suíça, pode dar origem a uma nova geração de transistores de silício que possibilitaria aumentar o desempenho e diminuir o consumo de energia dos processadores.

Os cientistas desenvolveram um método que possibilita produzir nanofios de silício com maior velocidade de elétrons do que a atingida até agora por outros grupos que trabalham com o material – que poderá ser a base dos novos chips de computadores e de outros componentes eletrônicos.

Resultado de um trabalho de pós-doutorado realizado por Renato Amaral Minamisawa no Instituto Paul Scherrer do Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Zurique (ETH Zürich) – com o qual a FAPESP assinou um acordo de cooperação no fim de junho –, os resultados do estudo foram publicados na Nature Communications.

Por meio da tecnologia, Minamisawa e colaboradores conseguiram produzir nanofios em um substrato de silício com tensão mecânica até três vezes maior do que as obtidas por outros grupos de pesquisa de locais como o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e as universidades de Princeton e de Stanford, nos Estados Unidos, e pelas próprias indústrias de microprocessadores.

Filamentos minúsculos, os nanofios de silício são apontados como um dos materiais semicondutores mais promissores para tornar mais eficientes os microprocessadores baseados na tecnologia de silício.

O motivo é que, ao esticar ou comprimir ambas as extremidades de um fio de silício, cria-se uma tensão mecânica (estresse) que pode melhorar significativamente as propriedades eletrônicas do material e aumentar significativamente a mobilidade dos elétrons – o que faz com que os transistores e, consequentemente, os microprocessadores sejam mais rápidos e consumam menos energia.

Desde 2003 todos os microprocessadores usam silício estressado no canal de transistores. Porém, existem limitações para aumentar a tensão mecânica do material e para implementar nanofios de silício estressados em componentes eletrônicos.

Ao utilizar uma combinação de técnicas, Minamisawa e colegas desenvolveram nanofios de silício com estresse de até 7,5 Giga Pascal (GP), contra no máximo 2 GP alcançados por outros grupos.

“Batemos o recorde de estresse em nanofios de silício, em comparação com outras tecnologias que foram desenvolvidas para esta finalidade em universidades, instituições de pesquisa e indústrias nos Estados Unidos, Europa e no Japão”, disse Minamisawa à Agência FAPESP.

Como material de partida para produzir os nanofios com maior tensão mecânica, os pesquisadores utilizaram um substrato produzido industrialmente com uma camada de silício levemente estressada sobre uma camada de óxido de silício, chamado “silício estressado em um isolante”.

Por meio de técnicas de litografia e de corrosão, eles criaram nanofios de silício suspensos por contatos largos, dando origem a nanofios com 30 nanômetros de largura e 15 nanômetros de espessura.

Nesta nanoestrutura, a tensão mecânica se concentra na menor área de secção (constrição), ou seja, no nanofio. Desse modo, o nanofio estica enquanto os contatos relaxam da tensão inicial do substrato, multiplicando a tensão aplicada nele.

Com isso, é possível produzir milhares de nanofios com um estado permanente de tensão mecânica bem definida e em diversas escalas. “Por meio da técnica de litografia, desenvolvemos um método que multiplica o estresse de uma camada de silício já pré-estressada e que é compatível com os métodos de fabricação e materiais utilizados na indústria eletrônica hoje”, explicou Minamisawa.

Para medir a distribuição de tensão no material em detalhe, os pesquisadores realizaram ensaios de espectrometria Raman e simulações computacionais no Laboratório de Nanometalurgia da ETH. Os nanofios também serão estudados na fonte de luz síncrotron da Suíça com o objetivo de determinar quanto as propriedades eletrônicas do material mudaram.

Aplicação industrial
De acordo com Minamisawa, a tecnologia está em processo de patenteamento na Europa e pode permitir a fabricação de uma grande variedade de semicondutores com propriedades únicas para aplicações nas áreas de nanoeletrônica, fotônica e fotovoltaica.

Mas, para isso, os pesquisadores vão estudar agora em um consórcio formado com algumas empresas na Europa como incorporar os nanofios de silício que desenvolveram em uma estrutura de transistor.

“É claro que para essa tecnologia chegar à indústria existe uma série de barreiras, porque será preciso mudar toda a tecnologia usada hoje, que é extremamente sofisticada. Mas mesmo que não resulte em aplicações em microeletrônica, nossa pesquisa pode ajudar a demonstrar os limites de performance do silício como um material para microeletrônica”, afirmou Minamisawa.

A técnica foi utilizada inicialmente pelos pesquisadores do Instituto Paul Scherrer no desenvolvimento de um laser de germânio, que pode ser incorporado nos chips de silício e abre a perspectiva de os microprocessadores trocarem dados usando luz em vez de corrente elétrica.

Ao se juntar ao Laboratório de Micro e Nanotecnologia da instituição de pesquisa suíça em 2011, Minamisawa colaborou com a ideia de transferir a aplicação da tecnologia para o material que pesquisou durante seu doutorado, realizado na Alemanha.

“Quando comecei a trabalhar com nanofios de silício estressados, não imaginava que eles ser tornariam viáveis comercialmente. Mas, no ano passado, a Intel anunciou que os novos microchips que fabricará serão baseados em nanofios de silício estressados”, contou.

De acordo com Minamisawa, as vantagens de se utilizar nanonofios de silício é que eles possibilitam controlar melhor o switch – componente elétrico que pode quebrar um circuito elétrico, interrompendo a corrente ou desviando-a de um condutor para outro – dos componentes eletrônicos.

“A associação da a arquitetura de nanofio com o silício estressado permitiria desenvolver transistores mais rápidos e que consomem menos energia”, disse.

O artigo Top-down fabricated silicon nanowires under tensile elastic strain up to 4.5% (doi:10.1038/nscomms2102) de Minamisawa e outros pode ser lido por assinantes da Nature Communications em www.nature.com/ncomms/journal/v3/n10/full/ncomms2102.html.

Fonte: Agência Fapesp.